Depoimento no STF: Bolsonaro defende voto impresso e reforça desconfiança nas urnas
Político citou que o atual ministro do STF Flávio Dino também reclamou do equipamento, em 2010, quando derrotado no Maranhão

Bolsonaro (PL) começou seu depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF) como réu na suposta trama golpista que o manteria no poder, defendendo o voto impresso e sua posição de desconfiança com as urnas eletrônicas. Nesta tarde de terça-feira (10), o político citou que o atual ministro do STF Flávio Dino também reclamou do equipamento, em 2010, quando derrotado no Maranhão.
Além disso, ela disse que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o prejudicou em diversos momentos nas eleições de 2022, pois não pode usar fotos positivas sobre ele mesmo e nem negativos sobre o presidente Lula (PT). Acerca de ações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para impedir que pessoas votassem em regiões onde o petista levava vantagem, o ex-presidente declarou que soube apenas que todos puderam votar.
Bolsonaro segue em depoimento ao STF.
Antes do ex-presidente, o general do Exército e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, optou por exercer seu direito de permanecer em silêncio, só respondendo às questões de seu advogado. Na ocasião, ele disse ao defensor que “é importante que o presidente Bolsonaro colocou que ia jogar dentro das quatro linhas (da Constituição), e eu segui isso aí rigorosamente durante todo tempo em que estive na Presidência”. E ainda: Nunca levei assuntos políticos, tinha de 800 a 1.000 funcionários no GSI (Gabinete de Segurança Institucional). Nunca conversei com eles sobre assuntos políticos.” O ex-ministro também disse que era “uma preocupação muito grande que o GSI fosse encarado e fosse sentido como organização apolítica e apartidária”.
Questionado pelo advogado se ele espalhou ou contribuiu para espalhar desinformação sobre a votação em urnas eletrônicas, ele negou. “Não, não tinha nem tempo para fazer isso.” Ele também disse não saber do plano golpista intitulado “Punhal Verde e Amarelo” para matar o presidente Lula (PT), o vice-presidente Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. O julgamento foi suspenso às 12h30.
Os próximos réus são:
- Paulo Sérgio Nogueira, general do Exército e ex-ministro da Defesa.
- Walter Souza Braga Netto, general do Exército ex-ministro da Casa Civil.
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