Mounjaro é aprovado para tratar obesidade no Brasil; veja preço e indicações
Uso do medicamento pode causar efeitos colaterais; saiba quais
A Anvisa aprovou o uso do Mounjaro para tratar obesidade no Brasil, e o anúncio foi publicado nesta segunda-feira (9/6) no Diário Oficial da União. Antes da liberação, o remédio era utilizado apenas para diabetes tipo 2, com prescrição “off label” – fora da indicação oficial da bula. Agora, a indicação a a ser formalizada, permitindo que o medicamento seja prescrito legalmente para pessoas com IMC a partir de 30 ou com sobrepeso (IMC acima de 27) acompanhado de comorbidades. Veja o preço abaixo!
Com isso, o Mounjaro, que tem como princípio ativo a tirzepatida, se junta à nova geração de remédios injetáveis usados no tratamento da obesidade. A substância atua em dois hormônios (GLP-1 e GIP), ampliando a eficácia na redução do apetite, controle da glicemia e perda de peso. Segundo a fabricante Eli Lilly, pacientes apresentaram perda média de 22,8 kg em 72 semanas.
O medicamento, que é aplicado semanalmente por injeção, já estava à venda no Brasil desde maio, mas apenas para o tratamento de diabetes tipo 2. Com a aprovação desta segunda, a caneta concorrente do Ozempic (semaglutida) também a a ser oficialmente indicada para combater o sobrepeso e a obesidade.
- Farmácias realizam ‘pré-venda’ de Mounjaro com propagandas em redes sociais
Preço do Mounjaro
Os preços variam conforme a dose, o local de compra e a adesão ao programa de fidelidade da fabricante. Confira:
2,5 mg (caixa com quatro canetas):
- R$ 1.406,75 no e-commerce da fabricante
- R$ 1.506,76 em loja física
- R$ 1.907,29 fora do programa “Lilly Melhor Para Você”
5 mg (caixa com quatro canetas):
- R$ 1.759,64 no e-commerce
- R$ 1.859,65 em loja física
- R$ 2.384,34 fora do programa
A inclusão da obesidade na bula permite agora o reembolso parcial por planos de saúde, o que antes não era possível pela ausência da aprovação oficial.
- Casamento triplica o risco de obesidade em homens, mas não em mulheres
Receita retida e tarja vermelha
A partir de junho, medicamentos dessa classe am a exigir receita retida, medida da Anvisa para frear o uso indiscriminado. O Mounjaro terá tarja vermelha, indicando a necessidade de prescrição médica e acompanhamento profissional rigoroso.
O uso pode causar efeitos colaterais como náuseas, diarreia, tontura, fadiga, refluxo, dor abdominal e outros desconfortos gastrointestinais. Por isso, o tratamento deve ser feito com orientação médica, especialmente em casos de triglicerídeos altos ou histórico de pancreatite.