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Empresária presa

Carros de luxo: golpe sofrido por loja investigada em Goiás teria prejudicado clientes, diz advogado

Defesa afirma que empresária, presa desde o dia 3 de junho, não pôde se defender adequadamente durante a investigação

Loja de carros de luxo acusada de dar prejuízo de R$ 10 milhões em clientes sofreu golpe de R$ 2 milhões, diz advogado

O advogado da empresária e dona da Meta Agency, loja de carros de luxo acusada de dar prejuízo de R$ 10 milhões em 105 clientes, diz que a empresa sofreu um golpe em dezembro de 2024 de R$ 2 milhões. Segundo Diego Bringel, esse incidente teve repercussões negativas para os demais clientes, mas o boletim de ocorrência relacionado ao caso não foi considerado pela Polícia Civil.

A loja era gerida pelo casal, mas a mulher estava à frente das negociações devido à saúde debilitada do marido.

“A minha cliente, sócia minoritária, esposa do proprietário, se colocou à frente das situações que acabaram ocorrendo, inclusive resolvendo várias delas, tendo em vista que seu esposo estava em situação de saúde debilitada. Inclusive é importante ressaltar que eu a conheci representando alguém que havia tido problemas com a loja. Ela resolveu prontamente o caso e a partir desse momento me pediu ajuda para resolver as outras situações. Quando comecei a tentar resolver as demais situações, ela foi presa”, destaca o advogado.

Bringel também argumenta que a empresária, que está presa desde o dia 3 de junho, não pôde se defender adequadamente durante a investigação, o que prejudicou sua defesa. “Acredito que o Judiciário erra em mantê-la presa, porque hoje é a única pessoa que estava tentando organizar saídas para resolver as situações que estão sendo reclamadas agora diante do Judiciário”.

Prejuízo de R$ 10 milhões

De acordo com o delegado Diogo Rincon, responsável pelo caso, o casal proprietário da loja é suspeito de aplicar golpes em mais de 100 vítimas apenas em 2025. O dono da loja foi preso na manhã da última quinta-feira (12) sob suspeita de estelionato e associação criminosa. Sete veículos foram apreendidos e R$ 3 milhões foram bloqueados.

A loja captava vítimas por meio de anúncios online, convencendo proprietários a consignar seus veículos. A maioria das vítimas era oriunda de outros estados ou do interior, dificultando as cobranças.

O golpe milionário envolveu práticas como pagamento parcial dos veículos ou cheques sem fundos para enganar os proprietários. O prejuízo total causado pelo casal pode ultraar os R$ 10 milhões, conforme estimativas do delegado.

Sete veículos foram apreendidos em loja de carros de luxo acusada de dar prejuízo de R$ 10 milhões em clientes (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Nota da defesa da empresária

Primeiramente considero que a Justiça Goiana e a Polícia Civil agiram dentro da legalidade e de acordo com as informações que chegaram.

Em segundo lugar, infelizmente minha cliente não pode exercer o seu contraditório nos procedimentos da Polícia Civil – ainda que minimamente, e isso prejudicou muito a sua condição, tanto é que está presa até o presente momento.

A defesa destaca que a empresa foi vítima de um golpe no mês de dezembro de 2024 – aproximadamente 2 milhões em prejuízo, e isso reverberou em relação aos demais clientes. Existe um boletim de ocorrência narrando toda situação (mas esse procedimento não foi levado a sério pela polícia civil).

A minha cliente, sócia minoritária, esposa do proprietário, se colocou à frente das situações que acabaram ocorrendo, inclusive resolvendo várias delas, tendo em vista que seu esposo estava em situação de saúde debilitada.

Inclusive é importante ressaltar que eu a conheci representando alguém que havia tido problemas com a loja. Ela resolveu prontamente o caso e a partir desse momento me pediu ajuda para resolver as outras situações. Quando comecei a tentar resolver as demais situações, ela foi presa.

Acabei ficando tão responsável somente por resolver e tratar da questão penal.

Ela presa, hodiernamente, significa nada mais nada menos do que o impedimento de tentativas de resolução dos programas em relação à empresa, tendo em vista a condição do esposo dela – saúde.

Acredito que o Judiciário erra em mantê-la presa, porque hoje é a única pessoa que estava tentando organizar saídas para resolver as situações que estão sendo reclamadas agora diante do Judiciário. E tudo isso, vale a pena reiterar, por causa da saúde do marido, que o impedia de estar à frente das situações.